quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Sem Nome

Se nego, se choro
se vazo
lágrimas vasias
vastas displasias
temporais e, digo, assaz
chorosas e salinas


Tomai-me por enérgica
criatura
Falha na urdidura

calo em pecado;
em poesia
suja; delicada
suja em poeira,
toda do choque

ceguei-me em olhos
depravados
Virei-me em vanitude
derradeira, e,
Mente

Quedo ao acaso
Queima-me os lábios
Aquele, vivíssimo,
canto
em uníssono

Busca-me, insone
Arranca-me do leito
e sopra-me
mel e leite
por minha vastidão
oral.

Liana Borges

Hey Ho, here we go!

Há três anos que uma das minhas resoluções de ano novo têm sido criar um blog para postar meus escritos.

Sem mais:
Ei-lo.